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O objetivo deste artigo é discutir as diferentes formas como a força comparece nos momentos de “violentização” de situações sociais, isto é, de definição destas como “de violência”, quando o horizonte dessa delimitação estiver imerso na representação social chamada “violência urbana”. Para tanto, analisamos de forma simetrizada em quatro materiais empíricos atravessados por múltiplas metodologias as efetivações de situações relativas a quatro diferentes figuras relevantes desse cenário: 1) policiais militares (que se fazem força); 2) ladrões (que administram a força); 3) os chamados “bandidos” (que são representados como força); e 4) leitores de notícias sobre operações policiais em um jornal (que conclamam a força). A análise se dá na continuidade do desenvolvimento de uma sociologia pragmática da violência e busca compreender como tipos de força e formas de os mobilizar em situação definem diferentes actantes e consequentemente as situações por eles violentizadas.

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