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Na década de 1960, Maria Sylvia de Carvalho Franco defendeu a tese de que a violência foi um código moral nas relações sociais no campo no século XIX. O trabalho dessa emblemática autora do pensamento social brasileiro foi ovacionado, especialmente por demonstrar como a violência enquanto regra normativa no meio rural condicionou uma ordem social pautada pela dominação pessoal. A partir da tese de Franco, o presente trabalho tem por objetivo refletir sobre as potencialidades de se constituir uma sociologia histórica da moralidade, tendo em vista os horizontes do debate contemporâneo da sociologia da moral e da violência. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, que reuniu, além do trabalho da autora mencionada e comentadores, os trabalhos de Michel Misse e do campo da sociologia pragmatista como um contraponto às potencialidades de uma sociologia histórica da moralidade. Em síntese, argumentamos que a sociologia de Maria Sylvia de Carvalho Franco pode ser um recurso para se constituir uma sociologia histórica da moralidade para pensar a questão da violência, mesmo considerando os desafios do debate contemporâneo, que vão desde a polissemia até a complexidade fenomenológica do tema

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