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Este artigo tem por objetivo analisar como a ampliação de direitos trabalhistas – ‘PEC das Domésticas’ – foi percebida por empregadoras tanto por uma perspectiva ideológica quanto nas práticas do cotidiano doméstico. Dentre os poucos avanços estatísticos e de inclusão dessas trabalhadoras em contratos formalizados desde sua aprovação, desataca-se, no entanto, mudanças na vida cotidiana doméstica, nas negociações entre doações, afeto e confiança e nas percepções sobre direitos vivenciadas na interação entre ‘patroas e empregadas’. Como base metodológica foram realizadas entrevistas semiestruturadas com empregadoras de trabalhadoras domésticas, demonstrando que as lógicas contratuais são interpostas por negociações, desgastes emocionais e desigualdade de gênero.

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