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O artigo apresenta a estrutura e diversidade de agentes no segmento brasileiro da Rede Global de Produção Automotiva (RGPA), analisando as relações entre os nós, e propõe uma análise descritiva das estratégias corporativas e relações de trabalho nas firmas líderes que compõem o Polo Automotivo localizado no estado do Rio de Janeiro. Essa análise é realizada a partir da combinação da abordagem das Redes Globais de Produção (RGPs) à introdução de tipologia operacional da estratégia corporativa. Metodologicamente, o trabalho se apoia em revisão não sistemática sobre redes, RGPs, Corporações Transnacionais (CTNs) e setor automotivo, assim como mobiliza dados primários e, principalmente, secundários sobre CTNs automotivas e mercado de trabalho. Os resultados indicam que as transformações recentes na estrutura da RGPA no Brasil tendem a reforçar o poder das montadoras, em detrimento de firmas fornecedoras e trabalhadores, assim como explicitam a especificidade do país como centro-chave de produção e consumo automotivo, e a diversidade do Polo Automotivo do Rio de Janeiro, explicativa dos impactos socioeconômicos desiguais dessa estrutura para o desenvolvimento regional.

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