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A cidade do Rio de Janeiro foi inúmeras vezes palco, plateia e bastidor de intervenções urbanísticas. Da reforma Pereira Passos às operações atreladas aos megaeventos esportivos, os saberes da arquitetura têm sido sistematicamente acionados para legitimar obras “promotoras do bem-comum” e engendrar processos de categorização social, valorização imobiliária e disciplinamento de espaços e habitantes. A proposta deste livro é compreender as tramas sociais que sustentam tais iniciativas e as imagens e narrativas de progresso e modernidade produzidas pelo campo arquitetônico e pelas práticas estatais. A partir do diálogo entre referenciais da antropologia, sociologia, arquitetura, urbanismo, história, geografia e comunicação social, autores e autoras analisam as mediações profissionais, os interesses particulares e as controvérsias movimentadas em diferentes projetos financiados com recursos públicos.