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Desde 2014, contrabando, impostos e crime organizado são denunciados como problemas prementes para o Brasil. A hipótese deste artigo é que o diagnóstico presente nos meios de comunicação é produto da intervenção ativa de atores institucionais vinculados à indústria do tabaco. Apresentado como problema de contrabando e de impostos, o cigarro migra do debate da saúde para o campo de segurança pública, no qual é reinscrito como problema de criminalidade; problema que legitimaria a redução de impostos para acabar com os diferenciais que incentivam essa prática. O artigo mapeia os atores que realizam esse trabalho de inscrição no espaço público, as performances utilizadas para visibilizar esse trabalho, os instrumentos e as variáveis selecionadas para compor as figuras do contrabando, analisando as consequências que essa intervenção produz

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