O direito é uma das carreiras mais tradicionais da nossa sociedade e, ao longo do tempo, tanto a advocacia, quanto os cargos no poder judiciário, tais como magistratura, promotoria, procuradorias e defensoria pública, eram exercidas fundamentalmente por homens brancos. A expansão do ensino superior e as ações afirmativas ampliaram o acesso das pessoas negras, em especial, das mulheres negras nos cursos de direito. Ao lado disso, o movimento negro e o movimento de mulheres negras foi ampliando sua inserção e se pulverizou em diferentes tipos de ativismo. A presente pesquisa tem como objetivo analisar o ativismo feminista negro e como os coletivos, nova forma de ativismo, influencia a trajetória das mulheres negras advogadas no meio no jurídico. Para tanto utilizou-se do método de entrevistas semiestruturadas, além de dados secundários, com o objetivo de conhecer alguns grupos de ativismo negro no meio jurídico, seu funcionamento, atuação e contribuição para a eliminação das desigualdades sociais.