O presente trabalho busca refletir sobre de que modos questões como técnica, tempo e política são observadas e mobilizadas durante o processo de elaboração do Plano Municipal de Educação do Rio de Janeiro, que ocorreu entre 2014 e 2018. Compreendendo que o planejamento carrega em si mesmo uma orientação para o futuro e que o planejamento da educação passa a ser entendido como uma prerrogativa do Estado, a presente pesquisa objetiva apreender, a partir da política pública em questão, de que modos expectativas e projetos de um futuro para a educação são concretizados em um plano. Observando, ainda, a centralidade que o trabalho de técnicos e especialistas desempenham no âmbito da elaboração de políticas públicas, este trabalho busca compreender como sua expertise e conhecimento são acionados e como também contribuem para a elaboração dessas promessas de futuro por parte do Estado. Por fim, este trabalho persegue, ainda, se atentar para como se dão as relações sociais e espaços que circundam, atravessam e determinam o plano e de que forma ele também se torna um objeto de disputas entre coletividades e aspirações. Esse estudo parte de uma abordagem etnográfica de documentos, entendendo como, a partir da análise documental pode-se observar as dinâmicas estatais e de elaboração de políticas públicas.