Esta pesquisa analisa as relações entre a juventude, o mundo do trabalho e a luta por direitos no Brasil recente. Busca-se compreender como, após um período de intensas transformações no mundo do trabalho oriundas da reestruturação produtiva e das privatizações, o jovem precariado se comporta como sujeito político e na relação com seus sindicatos. Quais continuidades e descontinuidades há nas práticas sindicais e formas organizativas dessas trabalhadoras e trabalhadores. Por quais caminhos os movimentos sociais e sindicais podem se conectar e se influenciar. Quais conflitos e tensões criativas entre inovação e persistência esse encontro produz. Utiliza-se a teoria do confronto político (McAdam; Tarrow; Tilly, 2009) como instrumento analítico. Para tanto, realizou-se um estudo de caso sobre a greve do telemarketing de 2014 na cidade do Rio de Janeiro. Também se utilizam técnicas metodológicas da história oral, buscando fontes que auxiliem na compreensão do passado, ao lado de documentos escritos, imagens entre outros tipos de registro. Podemos afirmar que a greve de 2014 não deslegitimou o Sinttel-Rio, pelo contrário, o ressignificou perante uma base nova e hegemônica da categoria de telecomunicação. Demonstrando que entre encontros e desencontros é possível produzir sínteses que avancem na luta por direitos para a classe trabalhadora.