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Informações Gerais

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Bares e restaurantes da cidade do Rio de Janeiro foram reconhecidos pela prefeitura como patrimônio cultural carioca entre os anos de 2011 e 2012. Neste contexto, propõe-se a investigação e análise das concepções nativas de patrimônio identificadas no Bar do Joia, sendo este um espaço de sociabilidades em que indivíduos partilham de experiências totais. Por meio do trabalho de campo, certas noções – como as de “família”, “hospitalidade” e, principalmente, “reciprocidade” – foram percebidas como constituintes de tal contexto social, atravessando a rede de relações do bar e estabelecendo a medição entre passado, presente e futuro. O trabalho propõe também a análise das narrativas de patrimonialização do Estado, refletindo desde a emergência da noção antropológica de cultura na segunda metade do século XX, passando pelos discursos de retórica da perda encontrados nas justificativas oficiais de patrimonialização. Inevitavelmente, a dissertação apresenta breve relato sobre os efeitos da pandemia de COVID-19 no cotidiano do Bar do Joia. Observação participante e entrevistas foram utilizadas como método para a construção dos dados da pesquisa.

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