Como adultos e crianças negociam sentidos na definição de uma boa escola? Considerando que, mesmo numa relação assimétrica intergeracional, as crianças se colocam de forma ativa, o projeto de tese procura responder essa questão, a partir de uma etnografia numa escola pública do Rio de Janeiro. Essa instituição é voltada a alunos de 4 a 10 anos, das camadas populares e médias, negros e brancos. É considerada uma “escola de referência” pelos adultos. Assim, na tese, busco compreender os sentidos deste espaço para os três grupos principais de sujeitos que dele fazem parte cotidianamente - responsáveis, equipe e alunos. O foco está nas concepções de escola e educação existentes, nos modos como entendem o papel da instituição na vida social e nos parâmetros que utilizam para qualificar a experiência escolar. É dada atenção aos distintos modos de engajamento dos atores na construção deste espaço e em especial às perspectivas e participações das crianças nesse processo.