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Informações Gerais

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Esta tese pretende contribuir para o debate sobre diferenciação institucional a partir da análise da expansão do sistema de ensino superior brasileiro entre 2002 e 2016. Para tanto, a pesquisa mobilizou os microdados do Censo da Educação Superior disponibilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (INEP) e seguiu dois caminhos empiricamente diferentes, porém complementares. Inicialmente, analisamos a diferenciação da oferta educacional da graduação segundo os padrões de crescimento das matrículas. Apresentamos uma proposta de tipos ideais de subsistemas (público, privado lucrativo e privado sem fins lucrativos) de forma contemplar as lógicas organizacionais que moldam a diferenciação dos padrões de expansão no país. Identificamos padrões bastante distintos entre os subsistemas, tanto em termos de volume de novas matrículas como no que se refere às rotas de expansão. Argumentamos que esses resultados permitem contrapor as interpretações que, orientadas pela teoria do isomorfismo institucional, enfatizam tendências de homogeneização na oferta de ensino superior. Em nosso segundo exercício empírico, adaptamos métodos estatísticos tradicionalmente empregados no estudo da concentração de renda para o estudo da expansão educacional. Neste caso, sustentamos que em países com alta proporção de matrículas privadas, a análise da concentração joga luz sob aspectos não observados pelo enfoque da diversidade institucional. Os resultados da análise da concentração indicam como o fenômeno da diferenciação pode ser acompanhado da concentração das matrículas em pouquíssimas instituições devido às características da expansão do setor privado, em especial do segmento lucrativo e seu uso intensivo de EaD.

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