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Informações Gerais

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Abordagens teóricas que tratam da noção de informalidade, a partir de uma explicação funcional-estrutural, tendem a destacar em contextos urbanos o seu caráter desregulado e ilegal da economia e do trabalho. Contudo, a face mais exposta é aquela que ocorre no limite do trabalho e do negócio na via pública, e como fenômeno social costuma aparecer por meio das ações e das interações cotidianas entre os agentes em “ação situada”. Em vista disso, o objetivo desta pesquisa de doutorado é problematizar o processo de transferência e de adaptação de “camelôs”, das ruas da zona central de Manaus (AM, Brasil), em 2014, para um Centro Popular de Compras (CPC), buscando compreender a interdependência entre a ação governamental e os agentes estratégicos, pelas interações e efeitos relacionais durante o processo. A categoria analítica “ação situada” foi utilizada conforme a sociologia pragmatista francesa de Louis Quéré (1997), Albert Ogien (1999) e Michel de Fornel (1999), entendida como dimensão qualitativa e relacional entre a experiência, a organização social e o ambiente. O desafio da pesquisa consiste em discutir os mecanismos de controle, de resistência cotidiana e de conexões entre elementos sociais que apareciam distintos e desconectados no cenário montado pela política público municipal. Por fim, pretendeu-se demonstrar que a perspectiva pragmática do trabalho e do negócio na via pública e fora dela possibilita uma proposta de compreensão oposta à explicação convencional centrada no setor informal.

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