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Informações Gerais

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A tese aborda as diferentes formas de sociabilidade, práticas sociais e performáticas engendradas pelos agentes sociais envolvidos com a ala da bateria da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro. Na performance carnavalesca das escolas de samba, as chamadas “baterias” têm um papel fundamental. Trata-se de um conjunto composto por cerca de 250 integrantes que participam do desfile, tocando (ou batendo) exclusivamente instrumentos de percussão. No desfile, a bateria é a responsável pelo acompanhamento rítmico percussivo que “anima”, “sustenta” o canto dos participantes do desfile e “dá o ritmo do samba” que conduz os passos de dança. Como veremos nessa tese, a bateria é entendia como um importante marcador identitário de determinadas escolas de samba da cidade do Rio de Janeiro. Em alguns casos, os tipos de tambores usados, as levadas (padrões rítmicos dos toques de tambor), a afinação e a disposição dos instrumentos no espaço compõem um complexo conjunto de propriedades sonoras/acústicas que são entendidas pelos participantes das baterias como uma expressão do que chamam de “sonoridade característica da escola”. Ou seja, no universo dos integrantes das escolas de samba, algumas agremiações são identificadas somente pelo som de seus tambores. A partir de uma perspectiva etnográfica a pesquisa pretende apresentar o debate sobre as transformações e mudanças experimentadas na sonoridade da bateria do Salgueiro desde a década de 90 até o ano de 2014. Discuto a relação existente entre processos de mudança social e de sonoridades e como esses são produzidos e simbolizados em situações de performance.

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