O objetivo da pesquisa é analisar as relações civil-militares mediadas pelas práticas da ilegalidade, informalidade e violência na qual o militar, munido do monopólio da violência, se dedica à maximização de seus ganhos e à minimização de seus custos. Para isso, observaremos situações que considero relevantes no entendimento das relações das populações locais com os agentes, como a cobrança de taxas a moradores, comerciantes informais e formais, barbeiros, profissionais do transporte alternativo e por aplicativo; os métodos usados para fornecer e garantir a “segurança” dos territórios; a crise econômica do Rio como fortalecedora da milícia, uma vez que quanto mais pessoas na informalidade e ilegalidade mais frágil ficam diante desse tipo de organização; e como os moradores negociam e resistem nesses espaços. Assim buscarei compreender de que forma as milícias agem nos territórios dominados, qual a relação das polícias com as milícias, qual o impacto das milícias na segurança pública, nas infraestruturas e na economia do Rio, e de que forma a população civil reage e interage com esse novo ator.