O objetivo desta pesquisa é analisar a percepção dos agentes institucionais envolvidos na implementação de políticas de permanência estudantil na educação superior: diretores, coordenadores de curso, chefes de departamento, técnicos em assuntos educacionais, dentre outros membros da burocracia. A principal hipótese é que as percepções destes agentes sobre os estudantes e seus problemas são importantes e influenciam a implementação das políticas de permanência estudantil, que buscam garantir apoio material e pedagógico aos estudantes buscando favorecer a permanência e conclusão dos cursos. A pesquisa foi desenvolvida a partir de metodologia qualitativa baseada em extensa revisão bibliográfica que reuniu contribuições da Sociologia da Educação, Ciência Política e das Políticas Públicas. Foram realizadas sete entrevistas com agentes institucionais atuantes em três universidades (duas públicas e uma privada) visando analisar suas percepções sobre o trabalho que realizam, e as experiências dos estudantes. A pesquisa permitiu compreender que fatores “subjetivos” como dificuldades de inserção simbólica e o aprendizado do habitus universitário são desafios importantes para a permanência e que cada vez mais as IES têm elaborado programas de apoio para auxiliar aos estudantes. A principal conclusão da pesquisa é que a evasão é um fenômeno multidimensional e que envolve diversas esferas da vida e trajetória dos estudantes e que as políticas de permanência são fundamentais para o combate à evasão. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Filosofia e Ciência Humanas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CFCH/UFRJ sob ‘Certificado de Apresentação para Apreciação Ética’ (CAAE) N° 30171820.0.0000.5582.