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O propósito deste trabalho é compreender as desigualdades de gênero presentes na divisão de tarefas dentro da Universidade Federal Fluminense. Indaga-se quem realiza as atividades que mantêm o cotidiano da universidade. Optou-se por fazer o uso de uma literatura organizacional, que tem como perspectiva o entendimento do espaço onde recursos são gerados e distribuídos. Para tanto, utilizamos os dados do Relatório Anual dos Docentes da Universidade Federal Fluminense. Os dados analisados compreendem as atividades administrativas realizadas no ano de 2019, e são agrupadas por departamentos de toda universidade, contando com a unidade sede e as unidades do interior. As interpretações são elaboradas utilizando a teoria organizacional porque entende-se que organizações impactam umas às outras, o que possibilita a tradução de desigualdades. Os resultados mostram que as docentes mulheres estão mais encarregadas de atividades administrativas, essenciais para manutenção do cotidiano. O acumulo dessas tarefas pode significar uma feminização de atividades e cargos, tanto no sentido do aumento do contingente feminino quanto na precarização associada ao fenômeno.

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