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Este trabalho apresenta uma etnografia da "Festa do Tomate", compreendida como um processo ritual, na acepção de Victor Turner. A pesquisa almeja uma apreensão da festa a partir "de dentro", bem como de suas tensões, mudanças e ressignificações, a partir da observação participante e da análise das memórias e narrativas acerca da festa e da própria cidade. A festa realiza-se anualmente em junho, durante o feriado de Corpus Christi na cidade de Paty do Alferes, localizada no interior do estado do Rio de Janeiro. Realizada há mais de vinte anos, essa festa consagra a produção agrícola do município, um dos maiores produtores de tomate do Brasil. Nos dias atuais, a Festa do Tomate é considerada a maior do interior do estado, atraindo para a cidade muita gente de outros municípios. A pesquisa busca apreender os diversos sentidos da festa, acompanhando seus percursos desde os bastidores, onde o tomate transita desde a lavoura até a cozinha antes de culminar no cenário festivo. A escolha desse foco permite apreender o personagem principal dessa festa, o tomate, enquanto um símbolo dominante e um agregador simbólico. No conjunto das atividades festivas, duas destacam diretamente o tomate e a localidade, além de serem as atividades mais antigas da festa: o Concurso de Culinária e o Concurso de Qualidade do Tomate. A pesquisa toma esses dois eventos como porta de entrada para a compreensão da festa desde o ponto de vista das pessoas residentes no município.

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