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Esta tese está apoiada em um percurso de aproximação de um arquiteto em direção à antropologia e a consequente tentativa de desnaturalizar certas concepções a respeito do espaço do Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial (MNMSGM), popularmente conhecido como Monumento aos Pracinhas, situado desde 1960 no Parque do Flamengo, na cidade do Rio de Janeiro. A proposta de abordar os diferentes fluxos de vida social do Monumento aos Pracinhas permitiu que o seu espaço pudesse ser analisado para além da sua cronologia e geometria, incorporando as suas dimensões qualitativas, abstratas, cosmológicas, fenomenológicas, poéticas, mágicas, dentre outras. Neste sentido, a tese se propõe a discutir e desnaturalizar a própria noção de arquitetura e de monumento, a partir da etnografia ali realizada. A tese se propõe a investigar se seriam mesmo tão descolados e desconectados dos valores qualitativos e espirituais do espaço os principais edifícios e monumentos gerados por certas tendências do movimento moderno em arquitetura. E, no caso específico do MNMSGM, investiga que valores e dimensões qualitativas são possíveis de serem observadas e surpreendidas no seu espaço sem que isto guarde qualquer relação imediata e direta com as concepções arquitetônicas e com as ideias estabelecidas pelos autores do projeto de arquitetura do referido edifício.

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