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Trata-se de uma interpretação das trajetórias de engajamento de Pierre Bourdieu (1930-2002) e Florestan Fernandes (1920-1995), a partir de categoria de "sociologia pública", considerando seus respectivos contextos - francês e brasileiro. Formulada por um sociólogo britânico Michael Burawoy (1947 -...), a sociologia pública é uma forma de fazer sociologia engajada com públicos extra-acadêmicos. A perspectiva comparativa permite contrastar os tempos, ambos identificaram a motivação para um intenso engajamento fora da acadêmia., construindo novos e distintos canais de comunicação com público extra-acadêmicos. Em Bourdieu é possível observar críticas ao neoliberalismo por meio de sua "sociologia como esporte de combate"; em Fernandes, em plena ditadura civil-militar brasileira, por meio de sua "sociologia crítica e militante". Como fonte da pesquisa empírico-documental é utilizada uma variedade de registros de Bourdieu e Fernandes, que tiveram como interlocutores privilegiados um público extra-acadêmico. A hipótese é que ambos os autores aparecem revelados como sociólogos públicos, sobretudo no final das trajetórias de vida e de cada um, traçando caminhos que, embora diferentes, são comparáveis entre si. Desse modo, a sociologia pública se transforma em categoria chave para a argumentação teórica e normativa desta tese: o lugar do engajamento da sociologia, tornando a sociologia pública prática sociológica e agenda de pesquisa.

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