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A partir de 2009, quando foi anunciada como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, a cidade do Rio de Janeiro passou a receber grandes intervenções urbanísticas que não apenas a preparavam para este e outros grandes eventos internacionais, mas também indicavam a ascensão ou ápice de uma governança urbana empreendedorista, em que Estado e agentes privados promovem, em parceria, investimentos estratégicos e localizados. O bairro Madureira, centralidade comercial, cultural e de transportes na Zona Norte da cidade, foi um dos lugares privilegiados por estas intervenções, com destaque para o ―Parque Madureira‖, área pública de lazer e entretenimento, e ―BRT Transcarioca‖, um novo corredor de transporte público rodoviário. Paralelamente aos investimentos materiais, Madureira também recebeu uma série de investimentos simbólicos que destacavam algumas de suas representações, tempos e espaços prestigiosos: festas, memórias, tradições, com especial destaque para aquelas ligadas às instituições de cultura afro-brasileira. Contudo, outros elementos da vida cotidiana do bairro foram subvalorizados ou mesmo esquecidos. Tempos e espaços sofreram importantes mudanças. Conflitos e disputas se aprofundaram ou tiveram início por conta do aquecimento da história local. Esta tese deve ser entendida como um modelo explicativo que permite compreensão sobre as motivações, os agentes, os processos e os efeitos dessas transformações no citado bairro, durante o ciclo olímpico vivido pela cidade do Rio de Janeiro.

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