A presente dissertação teve como objetivo investigar as percepções (construções, apropriações e legitimações culturais, sociais, estéticas, econômicas etc.) da branquitude dentro de relações sociais em uma escola de Ensino Médio do município do Rio de Janeiro a partir da construção de valores compartilhados socialmente e que são referência para a ação social, fomentando formas de pensar, agir e sentir. O método utilizado para a coleta de dados foi a etnografia, instrumento que permitiu a coleta de um amplo leque de informações por meio da análise dos sentidos e significados atribuídos pelos indivíduos às suas próprias experiências raciais na escola. Os resultados mostraram que a branquitude é um fenômeno cultural e identitário compartilhado por pessoas brancas e não-brancas, sendo interpretada e construída de diferentes formas a depender de fatores interseccionais como gênero e classe e reproduzindo o racismo predominantemente em bases biológicas e culturais.