Este trabalho é resultado de uma pesquisa etnográfica realizada entre a arte e a rua, a partir de performances realizadas pelo malabarista Rayne em semáforos entre as cidades de Jaú e Piracicaba. O texto é resultado do empreendimento de dois pesquisadores, primos e artistas de rua, interpretando o material intermidiático (através do texto, som e imagem) captado durante dez dias dedicados à performance em sinais de trânsito, captação dos processos envolvidos nessas apresentações, bem como ao debate sobre a condição do artista nas ruas destas cidades. Os episódios audiovisuais foram editados a partir dos dados levantados nas cidades mencionadas acima e propõem narrativas sobre a relação do malabarista e da sinaleira. Através deste movimento de pesquisa etnográfica cúmplice e compartilhada, e também da edição dialógica dos dados levantados pela mesma, nosso objetivo é destacar pontos de contato e fricção entre questões sobre a arte e a situação de rua. Do mesmo modo, também buscamos proceder sobre as situações de rua vividas por pesquisadores e artistas que buscam conhecer e viver a cidade. Esta pesquisa, assim como o malabarista no sinal de trânsito, se aloca em uma encruzilhada.