As desigualdades nas oportunidades educacionais na Educação Básica são o objeto desta dissertação que analisa os efeitos dos condicionantes sociais sobre o desempenho escolar, relacionando-o à origem social dos alunos (nível socioeconômico, cor e sexo) e aos fatores institucionais ao longo da última década (2007-2017). Corroborando os estudos do campo, os resultados indicam que a melhoria dos indicadores educacionais foi acompanhada pela persistência e aumento na desigualdade entre grupos, sobretudo entre escolas. Por outro lado, entre as escolas com melhor desempenho, observou-se também acréscimo em sua equidade de resultados. Os efeitos observados no nível institucional são expressivos, o que indica que as escolas desempenham papel relevante, mesmo após consideradas as diferenças de origem social. Como resultado, a dissertação, produziu um diagnóstico das desigualdades de desempenho no Brasil associadas à origem social e características institucionais, contribuindo para o debate no campo e permitindo o necessário aprofundamento futuro por pesquisas dedicadas à sociologia e às políticas educacionais voltadas à igualdade de oportunidades educacionais.