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Memoriais, monumentos, arquivos, autobiografias, documentários, testemunhos e outras formas de inscrição de memórias ligadas a eventos e experiências considerados sensíveis e dolorosos se proliferam cada vez mais em diferentes contextos socioculturais. Em torno deles, surgem debates, controvérsias e questionamentos sobre os limites da comunicabilidade da dor, da nomeação da violência, da identificação de vítimas e da formação de uma cultura da mercadoria. Este projeto de pesquisa visa refletir sobre os fluxos e narrativas movimentados por recentes iniciativas de registro, escuta e reconhecimento público das memórias sensíveis e dolorosas. O objetivo geral é compreender como determinados eventos e experiências percebidos como violentos têm sido traduzidos e negociados por agentes e práticas, suscitando formas inéditas de enquadramento de memórias e de gestão de conflitos, seja em busca da afirmação ou da superação de fissuras sociais. Busca-se contribuir para o debate por meio da análise de sítios de memória, autobiografias, testemunhos e filmes que mobilizem mecanismos de interpretação, produção, difusão e estabilização de narrativas de passado atreladas a sentidos de perda, dor e sofrimento. A ideia é compreender como tais produtos culturais atuam na formação de uma cultura memorial pública, ao trazerem à tona relatos sobre experiências e eventos dolorosos..

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