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Neste artigo, debruço-me sobre a discussão feita nas páginas do Jornal do Brasil (JB), em meados dos anos 1960, a respeito do desenvolvimento urbano da Barra da Tijuca, bairro localizado na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Argumento que esse jornal construiu, a partir de um conjunto de reportagens, o imaginário simbólico da Barra da Tijuca como o Rio do futuro. Tais textos mobilizaram uma retórica de acusação e interpelação do poder público requisitando, para a região, políticas urbanísticas. Há no cerne da argumentação das reportagens o anseio de modernização do espaço urbano do Rio de Janeiro, que caracteriza parte das expectativas sociais do contexto. Esses imaginários de futuro constroem materialidades no espaço, têm efeito social na medida em que engendram políticas e mobilizam o poder público.

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