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Este artigo discute duas disputas técnicas entre engenheiros da Secretaria de Viação, Transporte e Obras Públicas e arquitetos do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, durante as obras de abertura da Avenida Presidente Vargas (1937-1945). São elas: a discussão sobre o traçado retilíneo da avenida e a ameaça de demolição de quatro bens tombados, entre os quais duas igrejas de arquitetura colonial, e a proposta de transladação monolítica da Igreja de São Pedro dos Clérigos. Exploramos a ideia de que as demolições são boas para pensar processos de consagração e dessagração do patrimônio. Argumentamos que a ameaça de decomposição da unidade dos bens tombados, especialmente os religiosos, permite discutir o valor das coisas sagradas.

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